quinta-feira, 29 de julho de 2010

Errar é humano, arrepender-se também.

Se arrepender não é vergonha. Voltar atrás de uma decisão mal tomada não é feio!
Acho que só os que tem coragem arriscam, se arrependem, voltam atrás...
arriscam de novo!
E quantas vezes forem necessárias.

A covardia não está no ato de se arrepender, pelo contrário.
É um fato: todo mundo se arrepende, vez ou outra, por uma decisão que foi mal pensada. E arrependimento nada mais é do que a coragem de consertar o que errou.
De fazer de novo.
De fazer melhor.

A origem da palavra arrependimento é “mudança de atitude”, e só quem é burro não volta atrás, não muda de atitude!
Gente burra não muda de atitude, porque não sabe nem aceitar que errou.
Quanta prepotência!
A vida vive nos dando mil chances de mudar aquilo que não deu certo, a burrice consiste justamente em não aproveitar isso!

Tem uma frase dita por Voltaire que, se não me engano, é assim: “Deus fez do arrependimento a virtude dos mortais.”, incrível, não?
Tá certo que ninguém vai sair por aí fazendo um monte de merda e achando que é só se arrepender depois e não tem problema, porque o melhor é sempre não errar... né?
Mas quando a gente erra e vê que errou, não devemos continuar errando e nem insistindo nisso,
devemos simplesmente baixar um pouquinho a cabeça e ver que a gente não é perfeito,
e parar de tentar ser perfeito, se mostrar perfeito! Isso pode enlouquecer alguém!

São justamente as nossas imperfeições e falhas que nos fazem incríveis todos os dias.
Que nos fazem humanos. Demais.
E mais,
a cada dia.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Minha melhor parte.

Tenho ótimos amigos, dou sorte com isso.
Tenho amigos pra saber quem eu sou. E pra ajudá-los a serem quem são também.
Amigos de infância...
Amizades que construí a pouco...

Tenho vários amigos, e, com cada um, passo momentos inesquecíveis.
Eu tenho consciência de que nunca poderei fazer uma lista dos preferidos. Não tem preferido!
Não tem ordem!
Tem o ideal pra cada situação.

Tenho aquela amiga louca, que vive fazendo um monte de merda e me levando pras maiores furadas.
Mas até as GRANDES furadas se tornam diversão pura quando estamos juntas!
Tenho uma amiga que sabe tudo sobre meus rolos, e que pode dar pitaco em todos.
Algumas – muitas – que me conhecem mais do que eu mesma.
Tenho aquele amigo que, a primeira vista, pode ser bem esquisito, mas é um amor de pessoa.
Tenho uma amiga zen, daquelas que não se estressa com nada e nunca muda o tom de voz.
Tenho outra que me acompanha - ou me leva - pra todas as nights BOMBANTES do século.
Tenho aquela amiga que me ajuda na dieta, e aquela que faz dieta junto comigo.
Tenho amigas que me indicam os melhores livros.
Amigas que me ajudam a estudar e estudam comigo. E que, quando nada dá certo, me passam a cola certinha na hora daquela prova dificílima.
Tenho aquele amigo que é quase um irmão e implica com todos os caras que eu gosto.
Tenho amigas que, com um simples sorriso, me inspiram.
Algumas amigas críticas, que vivem dizendo no que eu tenho que melhorar (e eu amo a companhia delas mesmo assim).
Tenho aquele outro que vive implicando com meus saltos, minha maquiagem e minha roupa.
Tenho aquela que me deixa chorar no seu ombro. E que, as vezes, até chora comigo.
E aquela outra que nunca me deixa chorar e me manda sacudir a poeira.

E ainda tem alguns que tem várias dessas características ao mesmo tempo.
Eu sou totalmente dependente de todos! Eu sei que a amizade é a forma mais rara e verdadeira de amor.

E tem horas o melhor é dar a palavra a quem sabe usá-la melhor do que eu. É como já dizia Vinícius de Moraes: “eu poderia suportar, embora não sem dor, que morressem todos os meus amores, mas eu enlouqueceria se morressem todos os meus amigos.”
Isso é a verdade mais linda que já ouvi.

Meus queridos amigos, esse é pra vocês! Obrigada por me inspirarem todos os dias... sou louca de paixão por cada um. Por cada jeitinho, cada olhar, cada palavra na hora certa. Vocês são o melhor de mim! :)

sábado, 24 de julho de 2010

Meu eu tem remetente.

Eu não preciso de dia das mães pra escrever sobre você,
eu não preciso de data comercial nenhuma,
de data especial nenhuma.
Eu não preciso de inspiração, mãe, pra falar sobre sua importância na minha vida,
porque eu escrevo com amor.
Quando falo de você, eu falo com amor. Como todo amor que tem dentro de mim.
Com todo o amor do mundo. Porque ele cabe em mim!

É você que zela pelas minhas noites de sono,
foi você que ficou acordada comigo nas minhas noites de não-sono,
você, se fazendo única, sendo a única.
A única por mim. A única pra mim.
Sempre presente.
Meu maior presente.
Você, mãe, que enfrentou todas as grandes dificuldades que a vida te impôs,
e que superou. Sempre.
E que ainda dizia que a força vinha de mim.

Você não sabe, mãe! É a MINHA força que vem de você,
é o meu sorriso, do qual tanta gente destaca a autenticidade, que vem de você.
Que eu puxei de você, mas não só puxei...
que eu aprendi com você.
Aprendi a sorrir pra vida - e a sorrir DA vida - mesmo quando ela não tá como a gente bem quer.
Aprendi a não me levar a sério sempre,
e por isso sorrio de verdade. Meu sorriso reflete isso. É de verdade.

Eu aprendi a ser de verdade, mãe,
a sentir de verdade, a falar de verdade quando eu sinto.
Aprendi com você.
Eu te devo tudo!

Você,
que me apoia em tudo,
que não tem medo de se mostrar imperfeita (e que me ensina que nem mesmo as mães são perfeitas sempre),
que me consola,
que me alegra.
Você, mãe, que espalha meus talentos,
que se orgulha das minhas conquistas,
que comemora minhas vitórias,
que sorri o meu sorriso, e que, assim, me faz sorrir a cada dia. De verdade.

Só você, mãe.
Foi a única pra mim. Continua única pra mim.
E que será assim sempre, por toda eternidade...
eu sei que estaremos sempre juntas.
Te amo! (como não fugir do clichê?)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

É complexa. É completa. É a vida (e é bonita).

Fui ver a peça “Doidas e Santas”, da Martha Medeiros, nesse fim de semana, e, entre várias coisas legais que eu ouvi, uma chamou atenção: “Você deve se interessar tanto pela conversa do cafézinho quanto por uma palestra. No cinema, deve se interessar tanto pelo filme quanto pelas mãos atadas durante ele.”

Essa é a verdadeira essência da vida. Se interessar pelas coisas simples que ela proporciona: o nascer do sol visto da janela de casa, o beijo na testa dado por alguém que a gente gosta, o cheiro de café fresquinho logo de manhã, os banhos de chuva que a gente toma sem nem esperar, os sorrisos que recebemos, a lambida do nosso cachorro toda vez que a gente chega em casa.

O segredo é saber valorizar cada pequeno momento e fazer dele um momento enorme pra gente! Minha mãe vive me dizendo que tem coisas que a gente não precisa tirar foto, a gente guarda na cabeça. Como não se interessar pela imagem da lua batendo no mar que a gente vê quando passa de carro, a noite, em frente a praia? Pelo por-do-sol que deixa o céu inteiro alaranjado? Não existe nada mais mágico do que as coisas simples da vida! Nessas horas, a gente não deve lamentar a máquina fotográfica que a gente não tem em mãos, a gente tem que sorrir pelo que tivemos a oportunidade de ver.

A vida não é feita de recordações e memórias – apesar de elas serem ótimas também -, a vida é feita do aqui. Do agora. De tudo que é simples, de tudo que a gente tem a oportunidade de vivenciar – e que, muitas vezes, nem dá tanto valor – dia após dia.

Aproveitemos o pôr-do-sol.
A lua sorrindo pra gente.
O mar de ressaca com suas ondas que parecem filme.
A vida.
Toda.
Por si só.
Na sua simplicidade,
que é complexa,
que é completa,
até demais.:)

sábado, 10 de julho de 2010

Porque o amor também é religião...

Tem muita gente que vê religião como obrigação. Dever. Daquele tipo que vai na igreja toda semana só pra dizer que vai, que tá em contato com Deus. Pra mim, estar em contato com Deus vai além de estar em um templo, numa igreja, sinagoga, mesquita. Acho que Deus tá dentro de cada um de nós, entra no nosso corpo toda vez que a gente dá aquela respirada fundo e cuida, com carinho, da nossa alma. Acho que religião é muito mais do que rezar umas palavras que já estão pré-estabelecidas em um livro. Religião, pra mim, aparece naquela quarta-feira chuvosa em que você vê um milagre sem nem esperar. Uma criança sorrindo pra você na rua. Religião é sentar na areia, sentir o vento e ver o pôr-do-sol. Deus não pode estar em outro lugar tão lindo quanto a praia num pôr-do-sol!! Religião é quando um amigo pega na sua mão e parece compartilhar todas as suas dores e todas as suas alegrias. Religião é quando alguém faz carinho no seu coração. Religião é ser acordada de manhã com os raios do sol invadindo seu quarto por entre suas cortinas. Nosso contato com o divino vai além de estar dentro de um templo, isso tá dentro de nós. Meu corpo é meu templo. Meu templo é minha verdadeira religião. Rezar não faz de ninguém uma pessoa boa! Praticar a sua religião é mais do que só isso. Eu não sei muito sobre a vida, mas eu tenho certeza absoluta que Deus gosta muito mais de nós quando respeitamos e ajudamos o próximo e quando nos respeitamos também. Nosso corpo, nossa saúde, nossas vontades. Acho que a verdadeira religião tá aí! É amar. Fazer as coisas com amor. É praticar o bem todos os dias, isso é a maior forma de contato com Deus. Essa é a minha religião. Amém.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uma imagem.


“O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito. Vamos de mãos dadas.” (Carlos Drummond de Andrade)


Só porque me conforta saber que, quando a inspiração falta, existem imagens que valem por mil palavras. Além disso, muita gente que pode falar por mim, como, por exemplo, Drummond, que tem a legenda perfeita pra minha foto. :)

domingo, 4 de julho de 2010

O fim do começo de tudo.

Quando eu entrei na faculdade, dei de cara com um mundão novo esperando por mim. Novas pessoas, e não mais aquelas com as quais eu já estava acostumada. Uma nova rotina. Novos professores. Novos horários! Quem me conhece sabe como eu sou chata com horários, antes de me acostumar com eles eu fico louca. Enfim, tudo era novo, tudo era novidade. Ninguém era amigo, todo mundo era apenas colega, e lá, no meio de tudo, estava eu. Eu, Karina, tentando me acostumar com tudo. A Karina que tentava arranjar amigos de uma vida em seis meses. A Karina que parecia ser uma das únicas que não tinha CERTEZA ABSOLUTA de que era ali que queria estar. A Karina que não esperava ser julgada antes de que a conhecessem. E que foi. Várias vezes. E que teve que lidar com isso. E conseguiu. Algumas vezes. Agora, o período acabou. Posso dizer que amadureci nesse meio tempo. Aprendi um montão de coisas que vão além de matéria letiva. Aprendi que não se faz amigos de uma vida num piscar de olhos. Aprendi que nem todo mundo tá aberto a interagir com o mundo como eu. Aprendi que eu sou julgada – e que julgo, também – uma porção de vezes. Mas o melhor de tudo foi que aprendi a lidar com tudo isso. E a tirar uma lição de cada uma dessas coisas! Aprendi que posso ter alguns amigos, mas que não preciso confiar cegamente no mundo todo. E aprendi que a minha relação com eles ainda vai crescer muito daqui pra frente. Entendi a cabeça de muita gente diferente de mim e aprendi a respeitá-los. Consegui me divertir muito e, finalmente, entendi que nós somos pequenos demais diante do mundo e que ele tá aí pra ser explorado!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cada gol no seu tempo...

Eu e mais duas amigas fomos assistir ao jogo do Brasil contra o Chile na casa de uma outra amiga nossa! Foi ótimo, como sempre é quando tô com elas! Entretanto, um fato chamou a atenção: A TV dela tava com delay, então, quando ainda estavam fazendo o passe, a gente já ouvia os gritos de “GOL” do lado de fora da janela. A gente já sabia pelo que esperar, e, nem sempre, isso é bom. Tem quem odeie surpresas, mas, pra mim, ser surpreendida é uma das melhores sensações da vida! Perder a esperança por já saber o que vem pela frente é triste demais. Mesmo que em um jogo de futebol. Se não dá em nada, já valeu a pena só por viver aquele nervosismo, aquela esperança, aquele frio na barriga. E não falo só de futebol! Acho que isso vale pra vida! Quando a gente descobre tudo antes, deixamos de ser surpreendidos, e, quando isso acontece, a vida perde aquele tempero especial. Tem coisas que a gente não quer saber antes! Tem coisas que a delícia é a surpresa! O gostoso é vivenciar a energia junto com o resto do país, pular junto, vibrar junto. Não gostaria de ver o lance antes, assim como também não gostei de ver depois. A delícia de um momento bom não é só ele em si, mas também aguardá-lo. Afinal, é como todo mundo diz por aí: o melhor da festa é esperar por ela! Se deixarmos a ansiedade de lado poderemos enxergar que o bom é vivenciar tudo ao seu tempo, porque tudo, absolutamente tudo, tem o seu momento de existir. E tenho dito.

PS: Carol, brigada pela (ótima) idéia de texto.