terça-feira, 24 de abril de 2012

E não é só isso......

A gente vive em busca de quem somos. Parece eterno e parece que ninguém sabe ao certo.
Eu não sei ao certo, assumo, mas eu tenho boas pistas de quem sou eu.
Eu sou as minhas saudades.
Eu sou "inspiration" na pele e nos poros, mesmo quando eu nem tô inspirada.
Eu sou o calor do meu Rio. A orla de Copacabana de manhã ou no fim da tarde. A mistura do céu com o mar lá no horizonte. Minha carteira laranja. Dolce & Gabanna Light Blue. O cappuccino no AmPm antes da aula, logo de manhã cedo. Dirigir. Japaway. O matão do China.  Aliás, a rua da larica inteira. Meu quarto cor-de-rosa. Cor-de-rosa. O pôr-do-sol. As estrelinhas do céu e o brilho forte da lua. Água de coco. Conversar no pilotis. A janela de casa. As nights na Baronneti. Hot-dog do Tuninho. Sapatilhas coloridas. Matte Leão. Coxinha da Fornalha. Brinco de pérola. Esmalte preto metálico. A areia do Leme. Havaianas. Cerveja na Padoca. O mar de Angra. Família reunida. Vento no rosto. Cheiro de pão francês fresquinho. As sobremesas da Eli. Os cachorros do mundo. O barulho do secador. O doce gosto do chocolate derretendo na boca. Banho quente depois do temporal. Sorrisos. O inverno de NY. Perfume da Juicy. As danças na lavanderia. O lounge do St. Johns e as festas do Gerald. O sol batendo no Hudson. Duane Reade. As luzes da Times Square. A neve caindo lá fora. O trem pra Manhattan. Taste of China. Four Loco de melancia. O metro de NYC. O vento forte na 5a avenida. Lingeries fofas. Olay lilás. Brilho no olhar. Frango com amendoim no Tao. A leveza de Miami Beach. Cheiro de Australian Gold. Drinks gigantes na Ocean Drive. O sol de South Beach. O dia que é claro até oito da noite. Perfume Pink Beach Babe. A dúvida entre piscina e praia. Montaditos. Cookie de m&m's. O que se lê nas entrelinhas. O frio do corredor do 5o andar e o alívio de sair no sol. O sofá preto do lounge. Meus livros. As aulas de TOEFL. As fotos na minha parede. Meu cantinho.
Que não é meu quarto cor-de-rosa.
Que nem cor-de-rosa é.
Mas ainda assim....que eu sinto tão meu.
Cantina 27. Cuban Store. O bafafá da Espanhola Way. O movimento da Lincoln Road. Uma roomate incrível. Pessoas diferentes........
Meus amigos. De todos os cantos.
.....e mais TANTA coisa
.....me fazem tão eu.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Listinha de coisas que eu vou levar pra casa...

Ainda estou aprendendo a cuidar de mim mesma,
A cuidar da minha vida e do que - e de quem- eu quero ou não que pertença a ela.
Ainda estou aprendendo a dividir meu espaço, minhas coisas e até o amor que as pessoas sentem por mim...porque elas também podem amar várias outras pessoas.
Aprendendo a compartilhar tristezas e, o mais difícil, a compartilhar alegrias...porque as vezes esquecemos de dizer ao mundo o quão felizes somos.
Tô aprendendo a respeitar gente que eu conheci ontem, com todos os hábitos e manias que vem no pacote.
A ser independente...e isso é um looooongo aprendizado.
Estou aprendendo a respeitar quando os outros falam e aprendendo a respeitar o silêncio, porque ele tem seu tempo também.
Tô aprendendo a dizer "bom dia" quando eu acordo, mesmo que eu acorde no pior mal-humor da minha vida.
Aprendendo que o mundo não gira em torno da minha TPM (não mesmo!).
Tenho aprendido -e exercitado- a arte de ser paciente e tolerante. Mesmo que invadam meu espaço de vez em quando.
Também tô aprendendo que, às vezes, temos que doar nosso tempo a algo que não nos interessa, em prol dos outros.
Aliás, aprendendo que fazer as coisas em prol dos outros gera um bem estar gigantesco dentro da gente mesmo.
Tô aprendendo a lidar com o fato de que eu nunca vou saber tudo. E que sempre tem gente que vai saber muito mais que eu sobre um assunto qualquer.
Tenho aprendido que a saudade aperta, mas que com um pouquinho de força de vontade, bons amigos e fé no coração, a gente consegue aguentar numa boa...

É, eu aprendi muito mais do que só inglês por aqui.

domingo, 1 de abril de 2012

Os sinais da natureza (humana)

Quando a gente tá num lugar no qual cada pessoa fala uma língua diferente, como é o caso do meu intercâmbio, a gente fica mais sensível aos sinais.
Porque eu falo tanto que o universo dá sinais (e ele dá mesmo!)...mas eu nunca parei pra analisar os sinais de algo bem mais próximo: as pessoas.
Eu digo, sempre foi tão fácil, tão natural pra mim interpretar os sinais que eu nunca parei de fato pra pensar neles.
Os sinais dizem tanto.
Tão mais
E tão mais rápido
E tão mais verdadeiramente do que as nossas bocas.
E tão pouca gente percebe isso. 

É uma delícia poder chegar ao nível de adivinhar o que alguém vai dizer um momento antes de ser dito. É semi mágico.

Eu gosto de fazer magia.
De VIVER magia.
De viver A magia que é a natureza humana
E conviver com ela.