segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Parando pra abastecer.

Um dia eu disse que o importante era “caminhar”, não importava pra que lado.
Com a minha inquietude habitual, disse que o que importava era não ficar parada.
Hoje, penso diferente.
Continuo inquieta, mas mais paciente.
Estou parada. Sem caminhar, nem pra trás, nem pra frente.
Se eu fosse um carro, diria que parei pra “abastecer”. Na verdade, foi pra isso mesmo. Parei pra abastecer a cabeça de idéias.
Parei pra pensar.
Quem disse que a rotina corrida desse mundo louco tem que interferir no que eu sinto?
Ainda não tinha verdadeiramente parado pra pensar, pelo menos não nos últimos anos.
Meu coração sempre me avisa tudo, mas quem disse que eu tive tempo de parar pra ouví-lo? E, pra variar, ele estava certo.
Depois de agir errado com ele, eu parei. E agora penso parada. Penso sem ter que, necessariamente, caminhar.
Com essa minha angústia em não ficar parada, andei, muitas vezes, pro lado errado.
A partir de hoje eu tenho confiança no meu sexto sentido – um poderoso dom dado por Deus a nós.
Agora eu acredito mais em mim do que nos outros.
Há quem diga que, com isso, minha ingenuidade se manda pro espaço.
Se duvidar do que o coração grita é ser ingênua, não quero mais isso também. Tô passando adiante.
Estou pensando parada. Logo volto a caminhar... mas agora minha bussola é o coração,
ele sempre indica o lado certo mesmo.
Não há porque duvidar.

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